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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O novo logo do governo


O novo logo do governo federal, nem bem atingiu seu apogeu público e já está fazendo o maior sucesso, sucesso negativo diga-se de passagem.
Como trabalhamos em publicidade, penso que foi uma tremenda bola fora de quem produziu e quem aprovou o tal logo. É verdade que a luta contra a pobreza no Brasil tomou contornos jamais vistos a partir do governo Lula, já vinha ganhando a mídia quando no governo de FHC, foi anunciado que o brasileiro estava comendo mais frango, uma das carnes mais baratas do mercado é bom dizer. Com o bolsismo de lula a coisa ganhou notoriedade midiática e o mundo conheceu o esforço brasileiro para que milhões saíssem da miséria. Se o programa foi e é contestado ou não, a verdade é que tem muita gente adorando as bolsas que recebem do Governo Federal. No meu modo de ver, essa política tida como assistencialista, precisa ser repensada, uma vez que a ninharia que o governo tem distribuído entre os pobres, serve de desculpas para que uma multidão de pessoas se fixe no ostracismo, afinal dizem: "pra que trabalhar?" "Pra que estudar e pra que fazer controle de natalidade se o governo não me deixa passar fome?" Claro que essa realidade não é geral. Não digo que deva parar a distribuição, mas que deve-se pensar algo do tipo: qual o retorno que o país obterá disto? E não apenas um seguimento político que ganha votos e mais votos com o tal bolsismo.
Mas convenhamos, estampar em um logo que "país rico é país sem pobreza" penso ser de uma pobreza esculachada, já que do ponto de vista social, a justa distribuição de renda deve ser coisa basilar em um país, e fazer propaganda disso, penso que é escancarar o ponto fraco de uma nação, deteriorando sua imagem de país emergente.
Particularmente, gostava do logo do governo passado, "um país de Todos", sim, um país onde todos tem e devem ter direitos iguais, embora sabemos da fantasia contida nessa fala, mas trata-se de um sonho que não devemos abandonar. Conversando com um amigo advogado ele disse algo que me fez pensar, falou que o jovem é idealista até seus 25/30 anos, depois ele percebe que a luta pela sobrevivência, tirará ele do idealismo e o levará diretamente para o realismo, no realismo ele percebe que ações sociais que beneficiem o todo é prerrogativa do poder político e querer que nossos políticos observem o social, embora ser esse o dever deles, é sonho e não realidade. percebe-se ai um desencantamento. Uma professora na faculdade dizia: "já fui muito de brigar, de pensar em políticas públicas que beneficiem o pobre, militava mesmo, hoje deixei isso de lado, perdi a vontade , o tesão!", ela também desencantou-se. Mas um país é feito de lutas, de reinvindicações, alguns podem parar de lutar, mas a luta deve continuar e sem intimidações. Mas por favor, o combate a pobreza deve ser a marca de um governo que prima pelo social, só não acho que isso deve servir como matéria prima para sua publicidade, porque a pobreza é indigna, é uma mazela que não deve ser exteriorizada e sim combatida internamente.

Escrito por Maik Oliveira

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