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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Congresso luso-afrobrasileiro traz escritor Mia Couto a Salvador

Autor moçambicano fará a conferência de encerramento.

A cidade de Salvador foi escolhida para abrigar, pela primeira vez, o bianual e internacional Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, este ano em sua 11.ª edição. Tendo como tema central as "Diversidades e (des)igualdades", o congresso reunirá nos dias 7, 8, 9 e 10 de agosto, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia e nas unidades do Campus de Ondina, conferencistas de renome internacional, como o escritor moçambicano Mia Couto, profissionais e estudantes das áreas das Ciências Sociais, História, Africanidades, Linguística, Literatura e áreas afins, de todo o mundo, que falem português. Organizado por um comitê composto de pesquisadores de todas as universidades públicas da Bahia, com a coordenação do Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA (CEAO), o XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais realizará conferências, mesas coordenadas com especialistas, encontros paralelos e terá uma rica programação cultural, com lançamentos de livros e shows.

Durante os quatro dias do congresso, especialistas em Ciências Sociais e Humanidades de diversos países estarão reunidos para debater a diversidade e a complexidade de sociedades diferenciadas, nos mais variados aspectos, como é o caso dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tome e Príncipe e Timor Leste). Para isso, se utilizarão de atividades acadêmicas, culturais e institucionais, tendo como foco o intercâmbio de produção intelectual e o aprofundamento dos seus debates sobre identidade, processos educativos e diversidades culturais, direito, cidadania, sociabilidades plurais, patrimônios culturais, e outros temas relacionados.

O tema central, "Diversidades e (des)igualdades", terá suas questões discutidas em 11 eixos temáticos durante as mesas coordenadas, que tratarão de “Identidades, poder e política no mundo luso-afro-brasileiro”, “Religiões e religiosidades: identidades e diversidades”, “Direitos e cidadanias: políticas públicas, educação, sustentabilidade e redes sociais”, “Cultura, sociabilidades e pluralismos culturais: interseções de gênero, classe, família, raça e etnia”, “Corpo, saúde e sexualidades”, “Patrimônios culturais: poder e memória”, ”Territorialidades e identidades: migrações, deslocamentos e diversidade cultural”, “Linguagens, literaturas e artes: diferenças e diversidades”, “Relações internacionais, Estado e pluralidade cultural: projetos, conflitos e conexões”, “Comunicação, ciência e tecnologia” e “Recursos naturais, campesinato e globalização: mobilização, conflitos e gestão”.

As inscrições para o evento já estão encerradas, sendo aceitos apenas participantes ouvintes. Informações adicionais podem ser encontradas no endereço eletrônico http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/

Fonte: Site da UFBA

quinta-feira, 21 de julho de 2011

COMEÇOU A GUERRA:Exame da OAB fere a Constituição, diz parecer da procuradoria-geral



“O exame de ordem, nada mais é
do que um teste de qualificação profissional para o exercício
da advocacia daqueles que já possuem um diploma
atestando esta mesma qualificação”.
                                                                            Rodrigo Janot


 


Subprocurador analisou recurso de bacharel contra o exame. Prova da OAB é condição para exercer a profissão de advogado.

Por: Débora Santos
Do G1, em Brasília

 O subprocurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou, em parecer divulgado nesta quinta-feira (21), que o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) viola o princípio constitucional do direito ao trabalho e à liberdade de exercer uma profissão.

 A prova aplicada pela entidade é condição para que o bacharel em direito se torne advogado e atue na profissão. O G1 procurou o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcanti, que está em recesso e não foi localizado. A reportagem também não conseguiu contato com o presidente interino.

 “Não contém a Constituição mandamento explícito ou implícito de que uma profissão liberal, exercida em caráter privado, por mais relevante que seja, esteja sujeita a regime de ingresso por qualquer espécie de concurso público”, afirmou Janot no parecer.

 A análise foi feita pelo subprocurador ao examinar o recurso ajuizado pelo bacharel em Direito João Antonio Volante, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele contesta a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que julgou legítima a aplicação da prova pela OAB. O caso será analisado pelo relator no STF, ministro Marco Aurélio Mello.

Para o representante do MPF, o exame da Ordem não garante que será feita a “seleção dos melhores advogados” e pode até ser entendido como reserva de mercado.

 “O exame de ordem, visto sob esse ângulo, nada mais é do que um teste de qualificação profissional para o exercício da advocacia daqueles que já possuem um diploma atestando esta mesma qualificação”.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Criar expectativas é aceitar o compromisso de atendê-las

Por Maik Oliveira

Esta semana, numa reunião pedagógica, presenciei uma cena no mínimo curiosa. É triste observar como as pessoas às vezes não sabem lidar com o sucesso e o transforma em seu próprio algoz.
Um profissional de educação, convidado para dar  palestra para professores em uma escola da rede privada, chegou cheio de aparatos: data show, notebook, powerpoint. De repente a apresentação: "o professor fulano de tal é formado em Letras pela universidade tal, fez pós-graduação em outra tal, especialização em mais outra lá". Enquanto alguém o apresentava, ele mesmo tratou de imediatamente colocar no data show todos os seus títulos, suas conquistas acadêmicas e em seguida com ar pomposo, iniciou a palestra. Sua proposta era mostrar aos profissionais de educação presentes, os novos métodos de trabalho em sala de aula. Métodos que segundo ele, suas pesquisas e "vasta experiência" na área de educação, têm surtido grandes efeitos sobre a criançada, e, sem dúvida alguma, transformariam cada estudante em grandes conhecedores de todas as disciplinas a serem estudadas, muito mais que os velhos métodos de ensino ultrapassados, que deixou e tem deixado muita gente para trás.
Fazia suas ponderações quando uma professora resolveu comentar uma de suas colocações. Dentro do colocado, a profissional argumentou que não via daquela forma, entendia que as muitas tentativas de modernizar o ensino  transformou a educação numa suposta panacéia, aquela que pode curar todos os males, coisa que na prática não vem ocorrendo pois, muito embora o professor deseja ser um agente  transformador com melhores resultados, o sistema de ensino no Brasil engessa o processo, desmotiva o docente no seu sonho de oferecer o algo mais. E salientou: "no entanto, estudei no método de ensino tradicional e estou aqui, cheguei onde queria chegar".
O palestrante emendou: “você chegou! Mas quer ver eu te provar que o método antigo não é produtivo? Quantos de seus colegas conseguiram chegar onde você está?"
Ele não contava com a resposta da professora. Ela disse: “todos, todos os meus colegas conseguiram chegar!”
Ele arregalou os olhos e disse: "como assim? Todos?!" Outra docente mais experiente que por acaso havia sido professora da colega, completou: "sim! Todos os meus alunos chegaram à faculdade, e hoje estão  no mercado de trabalho como profissionais qualificados".
Um silêncio... uma respirada...e o palestrante disse: “ahh! Mas isso é uma exceção, na maioria dos casos, os estudantes vão ficando para trás". Se sim, ou se não, o fato é que esse episódio desconcertou o pobre rapaz, os argumentos foram ficando sem fundamentação, outros colegas entraram na discussão, de forma saudável é claro, e o que se viu nitidamente foi o rapaz amarelar. Num dado momento ficou claro que o maior desejo dele era  terminar aquela palestra  e sair daquele lugar o mais rápido possível, e foi exatamente o que aconteceu.
Não sei o que o leitor pensa, mas imagino que quando você se predispõe a defender algo, uma ideia, é preciso se cercar de argumentos poderosos, convincentes, quase irrefutáveis e se preparar para as perguntas que certamente aparecerão, ter para cada uma delas respostas que, se não respondem completamente, ao menos dê ao questionador, a sensação de que é possível que seja mesmo assim.
Particularmente não vejo nada demais em você apresentar suas credenciais, afinal, você lutou para conseguir cada uma delas, e, de modo quase geral, as pessoas gostam de saber que estão diante de uma pessoa qualificada. No entanto, é preciso estar ciente que apresentar credenciais é criar expectativas. E quando estas são criadas, por favor, satisfaça-as, do contrário, você adquire o passaporte para seu próprio fim, seja em qualquer área da vida: namoro, casamento, profissional, amizade, e tudo que diz respeito às atividades humanas. O mundo moderno, ou como queiram alguns estudiosos, o mundo pós moderno se tornou muito exigente e competitivo. Não se aceita o mediano, o quase bom, é preciso buscar a excelência. Em tempos de ISO de todos os valores, o que vale mesmo é a superação de expectativas, e não o comum, o trivial, este pode ser encontrado em quase todas as esquinas. Mas responda esta questão: depois de alcançada a excelência, por qual motivo algumas pessoas sentem repentina dificuldade em lidar com o sucesso?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O QUE É UM ERECS?!

Por Maik Oliveira

O Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais, o ERECS, é o que podemos chamar de "Socializador de ideias". Trata-se do maior encontro de estudantes dessa área específica em todo o Nordeste e pode ser considerada uma instituição livre, se observarmos que ele é pensado, gerido e realizado apenas pelos estudantes de Ciências Sociais de uma região do país, digo assim, porque não é algo que acontece apenas no Nordeste, há encontros iguais em todo o Brasil.
O ERECS é sem dúvida alguma a grande oportunidade que os estudantes têm de conhecer ideias, outros pensares, o que está acontecendo nas universidades espalhadas pela nossa imensa Região Nordestina. Todos os estudantes da área de todas as Instituições de Ensino Superior são convidados a participar, opinar, discutir, aprovar, reprovar, questionar, construir, realizar.
É no ERECS que conhecemos nossos colegas nordestinos de estudos e futuros colegas de profissão. Podemos unificar ideias, repensar outras, saber o que está dando certo, o que não está. Os problemas enfrentados pela sociedade em outros estados nordestinos, entre tantos outros importantes conhecimentos que podem ser adquiridos em um evento como esse, contribuindo muito para a nossa formação.
Pois bem, esse evento está sendo planejado para pela primeira vez acontecer aqui no Sul da Bahia, mais precisamente na nossa querida UESC, a nossa universidade. Espera-se cerca de 500 participantes de todo o Brasil e também de outros países, que certamente serão atraídos pela temática que está sendo pensada e discutida pelos estudantes das três turmas de Ciências Sociais da UESC.
O ano de 2012 certamente entrará para a história do nosso curso e sem dúvida alguma fará com que deixemos para nossos colegas que virão nos próximos anos um legado de alto nível, para que as Ciências Sociais se destaque cada vez mais na nossa região. Trata-se de uma construção sem precedentes.
Hoje estivemos reunidos. Representantes das três turmas opinaram, discutiram animadamente cada fase do processo para a realização desse evento. O Centro Acadêmico de Ciências Sociais, o CACiS, está enviando para o ENECS, o Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais, no dia 12 de julho, dois representantes para iniciarem as discussões sobre a realidade brasileira. No dia 15 seguinte mais uma boa quantidade de nós estará seguindo para se juntar com esses dois colegas em Minas Gerais, onde estará acontecendo esse evento, para apresentar o pré-projeto do ERECS. No retorno, já com as comissões formadas, iniciaremos as ações mais específicas para a realização do evento mais importante até aqui, do curso de Ciências Sociais na Universidade Estadual de Santa Cruz, totalmente construído por nós, estudantes.
Conclamamos a todos que se junte aos envolvidos, que se apresentem para participarem das equipes que já estão sendo formadas; escolha sua área predileta, secretaria, comunicação, logística, estrutura, alimentação, tesouraria. Dê a sua contribuição e entre para a história, esteja entre aqueles que poderão dizer no futuro. EU NÃO APENAS PARTICIPEI MAS TAMBÉM AJUDEI A REALIZAR O ERECS DA UESC.E AÍ PODEMOS CONTAR COM VOCÊ?