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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

IV Seminário de Ciências Sociais - UESC - Diversidades e desigualdades: desafios às Ciências Sociais


Conferencista Marinete Silva e o Coordenador
do Curso de Ciências Sociais, Elias Lins



Por Valério Moraes
VM – MTE/BA 3765


Historiadora abordou trajetória da luta pela igualdade


A historiadora Marinete dos Santos Silva, doutora em Sociologia Política da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), proferiu a conferência de abertura do IV Seminário Anual de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), na noite de segunda-feira, no Auditório Paulo Souto, na qual abordou o tema “A modernidade e a busca pela igualdade: uma trajetória”. Segundo ela, a Revolução Francesa de 1789 é um marco importante na história da humanidade, porque preceituou, pela primeira vez, que “todos nascem livres e iguais em direitos.”


Mesa de Abertura do Seminário


Promovido pelo Colegiado de Ciências Sociais e pelo Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da UESC, o evento foi aberto com a participação da vice-reitora Adélia Pinheiro, da vice-diretora do DFCH, Josanne Morais, o coordenador do Colegiado do curso, Elias Lins Guimarães, os coordenadores do evento, professores Fábio Bila e Wladimir Blos, a coordenadora do curso de Ciências Sociais do Parfor (Plataforma Freire), Anatércia Lopes, a Orquestra Afro Gomgobira, estudantes de diversos cursos e representantes de movimentos sociais.


Apresentação da Orquestra Afro Gomgobira


Segundo a conferencista, a partir da Revolução Francesa surgiram o direito de propriedade, de busca da felicidade e a luta da mulher por mais espaço na sociedade. Com o movimento pela emancipação feminina também vieram a luta contra a escravatura e o racismo e, posteriormente, a de outras minorias, a exemplo dos homossexuais. A derrota do nazismo na II Guerra Mundial também se constituiu um divisor histórico na construção de uma sociedade mais igualitária. Marinete disse que “sempre a diferença foi marcada pela desigualdade, por isso devemos ver as diferenças, mas nunca perder de vista a igualdade. Calcar demais na diferença sem calcar na igualdade é um perigo no projeto da modernidade”, alertou.

Programação:
O IV Seminário Anual de Ciências Sociais prossegue até a noite desta quarta-feira. Os mini cursos estão sendo realizados pela manhã e à tarde, as atividades ods GTs (Grupos de Trabalho) e a Feira do Livro de Ciências Sociais e Humanas da UESC, no hall do Auditório. Na noite desta terça-feira, dia 6, haverá mesa redonda sobre “Diversidades e Reconhecimento”, tendo como moderador o professor Fábio Bila (Sociologia e Ciência Política/UESC) e a participação das professoras doutoras Marinete Silva (UENF) com a abordagem “Reconhecimento de quê e para quê?”, Anatércia Ramos Lopes (Sociologia / UESC/ PARFOR) - “Dinâmicas sociais e a democratização do Ensino Superior no Brasil”, e Emilia Peixoto Vieira (Educação/UESC) com o subtema “Desafios para uma educação formadora de sujeitos políticos". Logo após, Makell Oliveira fará a apresentação artístico-cultural “Dancehall”.


Plateia


No dia 7, às 19 horas, a última conferência tratará do tema “A produção da diversidade e da diferença no campo do gênero e da sexualidade: enfrentamentos ao regime da heteronormatividade”, ministrada pelo professor doutor Fernando Seffner (Educação/UFRGS), sob a coordenação do professor doutor Wladimir Blos (Antropologia / Ciência Política/UESC). Depois, o encerramento terá apresentação da atriz Patrícia Galdino com a performance “São Jorge de Ilhéus: A literatura de Jorge Amado.”

Valério Moraes é comunicólogo, estudante de Ciências Sociais e integra a Coordenação de Comunicação do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Santa Cruz.





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