domingo, 5 de setembro de 2010
Plebiscito popular recolhe assinaturas pelo limite da propriedade de terra
O Fórum Nacional Pela Reforma Agrária está realizando, nesta Semana da Pátria, o Plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra. A votação e assinaturas em abaixo-assinado começaram no dia 1º e vão até 7 de setembro em todo o país. Trata-se de uma consulta feita ao povo para saber se este concorda ou não com a limitação da propriedade da terra no Brasil.
A campanha do Limite da Propriedade da Terra visa incluir na Constituição Federal um novo inciso que limite as propriedades rurais em 35 módulos fiscais. Áreas acima dos 35 módulos seriam incorporadas ao patrimônio público. Isso resultaria na desapropriação de mais de 200 milhões de hectares de terra.
O módulo fiscal é uma unidade de referência estabelecida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e varia de região para região, levando em conta fatores como a situação geográfica, qualidade do solo e condições de acesso.
No debate realizado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na última quarta-feira, dia 1º, o coordenador do pré-assentamento Emiliano Zapata, Célio Rodrigues, afirmou que somente através da reforma agrária a democracia pode se tornar efetiva no país.
“Entre as pessoas que passam fome, a maioria está no campo. Aqui mesmo no Paraná, o mapa da fome coincide com os locais onde estão presentes os latifúndios”, disse Célio.
No mesmo debate, o técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de Curitiba, Luis Almeida Tavares, defendeu que o latifúndio não contribui com a questão da força de trabalho no campo. Segundo Luis Almeida, o latifúndio emprega duas pessoas a cada 100 hectares enquanto a propriedade camponesa emprega 15 pessoas nesse mesmo espaço.
Segundo dados do IBGE, cerca de 1% da população detêm 50% das terras brasileiras.
Texto extraído do site: http://www.portalcomunitario.com.br/ de Ponta Grossa - PR, em 05 de setembro de 2010
É isso ai galera, grandes mudanças exigem grande participação popular e essa mudança é fundamental para darmos mais um passo na luta contra a injustiça social, a má distribuição da renda e consequentemente buscarmos a erradicação da fome, ao menos e por enquanto em nosso território.
Postado por Maik Oliveira
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